domingo, 24 de maio de 2009

Vista Chinesa e a Mesa do Imperador

Que o Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa ninguém contesta. Seus morros, cercando grandes áreas planas, são ao mesmo tempo fim é meio. Eles não só tornam belíssima a vista, mas ao mesmo tempo enchem a cidade de mirantes que permitem apreciar a cidade.

Inegavelmente ver a cidade de pontos como o corcovado ou o pão de açúcar deve estar na agenda mínima de qualquer turista que visite a cidade. Mas se você já conhece estes dois pontos uma boa idéia é começar a ver a cidade de outros ângulos... Literalmente. Mirantes como o de Ipanema, ou mesmo os de fora da cidade como o do parque municipal de Niterói não vão deixar que você enjoe de olhar a cidade.

Um que, se não conhece, deve constar em sua lista é a Vista Chinesa. O monumento é uma homenagem a comunidade chinesa do Rio de Janeiro, e foi erguido em 1903. Localizado na margem da estrada que liga o jardim botânico ao Alto da Boa Vista, é uma estrutura em argamassa imitando os pagodes chineses em bambu.

Do local se tem mais uma bela vista do Rio de Janeiro, em especial da lagoa Rodrigues de Freitas, Jockey clube, pão de açúcar e da praia de Ipanema, entre outros. E se o monumento centenário e a vista dele propiciada não forem desculpa suficiente o passeio até lá é bem agradável.

Ao longo da estradinha, além do contato com a Floresta de Tijuca, e passar por uma pequena cachoeira, mais adiante é possível encontrar outro ponto interessante. A Mesa do Imperador.
Conta a lenda, que na época do império Don Pedro I usava a estrada em suas viagens. No caminho, ao atravessar a Floresta da Tijuca havia um lugar onde ele desejava que suas refeições fossem servidas para si e para a família real. Neste lugar, a 487m acima do nível do mar, hoje existe ainda uma pesada mesa em pedra, supostamente a mesma usada pelo imperador, de onde também é possível ter uma vista da cidade.

O acesso a vista chinesa se dá pela estrada Dona Castorina pela floresta da tijuca, ao qual se chega pela rua Pacheco Leal, rua que margeia o Jardim Botânico. Para chegar a mesa continua-se pela estrada, que passa a ter o nome de Estrada Da Vista Chinesa.

Como nem tudo são flores, a visita ao local requer alguma atenção. A estrada é pouco movimentada, salvo por ciclistas e turistas, e embora muitas vezes exista policiamento na Vista Chinesa, o caminho é um tanto estranho pela sinuosa estrada em aclive, portanto cuidado com possíveis marginais. O caminho tem pavimento em excelentes condições, mas as curvas são fechadas e a estrada estreita, e a subida acentuada.

Mais informações em http://www.oguialegal.com/vistachinesa.htm e em http://www.viagem10.com.br/pontosturisticos/mesadoimperador, e no Google Earth em 22º58’23”S, 43º14’58”O.

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Portunhol

Nossos vizinhos latinos falam todos espanhol. A primeira coisa curiosa que se nota é que, por um capricho das línguas os brasileiros, em geral, entendem melhor o espanhol que os chilenos e argentinos entendem o português por exemplo.

A boa notícia é que desde que o plano Real estabilizou nossa economia temos nos tornado turistas mais assíduos, e com melhor poder de compra que em outrora. Com isso os guias turísticos, e os lugares destinados a turistas, como hotéis, lojas de artesanato (tiendas de artezania), pontos turísticos e restaurantes tem se esforçado para melhor o entendimento dos brasileiros.

Na verdade, em lugares como Bariloche, carinhosamente apelidado até pela população local de “Brasiloche”, recebem tantos turistas brasileiros que é possível ser bem compreendido falando português normalmente. Cidades como Santiago, ainda não chegaram neste nível, mas também não é tão difícil a comunicação.

Daí a arriscar um portunhol a coisa muda. Temos a mania tentar “espanholizar” as palavras em português, o que pode gerar resultados desastrosos por vezes. Todo brasileiro parece saber instintivamente que para falar espanhol bastaria trocar o “ão” por “on” e todo “ó” tônico por “ue”.

Assim, se “coração” é “corazón”, então “cartão” falaríamos “carton” e não o correto “tarjeta” (leia “tarrêta”). E se “porta” é “puerta” e “fogo” é “fuego”, então poderíamos dizer “bueta” no lugar de “bota” e “muente” no lugar de “monte”, quando na verdade essas palavras não mudam (“bota” é “bota” mesmo, assim como “monte”, “rosa” ou “torre”, embora com pronúncias levemente diferentes.).

Assim antes de pedir um “sorbiete de muerango” no lugar de um “helado de fresas” tenha ciência que usando portunhol você pode não ser facilmente compreendido sempre. Ou pior, tentar usar a regra em algumas palavras, como por exemplo “mamão” e “colher” (“papaia” e “cuchara” respectivamente) pode gerar resultados ofensivos e pouco recatos aos ouvidos chilenos, e isso supera até mesmo micos como tentar fazer o mesmo com nomes próprios. Eu já ouvi alguém falar “Coca-Cuela”.

Para nossa sorte, a maioria dos chilenos e argentinos não se sente ofendida, tão pouco caçoa das nossas tentativas de falar sua língua materna. Um discreto sorriso, ou uma intrigante face de estranheza é o que vai denotar que não estamos no caminho certo. Nestas horas um mini dicionário de bolso pode ser útil.

Algumas dicas... Se “usted no habla español” fale em português lentamente, e de forma clara. Use o vocabulário mais simples possível, evite gírias e se não for entendido tente um sinônimo.

Outra coisa que pode ajudar é se você fala uma outra língua como inglês. Assim como os brasileiros, muitos argentinos e chilenos, em especial os acostumados a lidar com turistas, sabem algo de inglês. Então pode-se tentar falar nesta língua como mais um recurso para alguma palavra não compreendida e que você esgotou os sinônimos em português que lembrava.
Por ultimo um pouco de mímica, apontar para o que se quer ou desenhos podem ajudar, ou no mínimo tornar bem divertida a tentativa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Poço do Diabo

A Chapada Diamantina é conhecida pela beleza de sua região e por suas águas. Isso por que é possível encontrar uma quantidade surpreendente de rios e cachoeiras, com águas de todos os tons que se possa imaginar.

Uma das muitas atrações que merece ser visita na região é conhecida como Poço do Diabo. O Poço do Diabo é um dos muitos, porém o maior, poço formado no rio Mucugezinho. Sua queda d’água tem cerca de 20 metros de altitude, que fica no inicio de um cânion escavado pelo rio.

O poço formado pela queda é bem profundo, e tem águas escuras. É um excelente local para tomar um banho, nadar, e curtir a paisagem ao som da queda e dos pássaros. Da parede do cânion descendo até o poço por vezes são organizadas tirolesas que tornam a descida mais emocionante, para aqueles que gostam de emoções um pouco mais fortes. Também é comum a pratica de rapel na sua encosta.

O acesso ao poço do diabo se dá por uma trilha, de nível intermediário, e que dura cerca de 20 a 30 minutos de caminhada, dependendo do ritmo imposto. A trilha por si já é um belo passeio. Margeando o rio Mucujezinho existem vários locais onde é possível o banho, quando a correnteza permite. A mata em torno também interessante, e de onde se podem ver animais silvestres como aves e até pequenos macacos sagüi.

A trilha tem inicio no restaurante Toca da Rita. Logo após final da primeira descida encontra-se o restaurante Dona Pata. Por sinal perto deste ultimo é um dos melhores lugares para se banhar, e curtir uma espécie de tobogã natural formado pelo escoamento das águas sobre a rochas. O lugar se chama Poço do Pato, daí o nome do pequeno restaurante.

Os donos e funcionários do Pata, que moram na região, têm uma boa consciência ecológica e ajudam na preservação do entorno. Infelizmente sem o apoio da prefeitura e das operadoras turísticas da região isso se torna mais difícil.

Logo após o restaurante uma pequena ponte permitia a travessia tranqüila do rio para a margem oposta para continuar a trilha. Esta ponte se deteriorou e foi retirada. Embora o pessoal do restaurante tente conseguir recursos para reconstruir, não teve sucesso até agora. Com isso para dar continuidade é preciso certa ginástica para passar de uma rocha para outra, e mesmo assim sem a ponte não é possível em dias em que a vazão do rio esta maior. Por ser um local bastante movimentado esperamos que seja uma situação temporária, e que em breve ela já esteja novamente no lugar.

Embora com subidas e descidas, a maior parte da trilha é relativamente suave, com exceção da parte final, logo antes do poço, onde a trilha é em pedra e mais íngreme, e de onde se desce os cerca de 25 metros equivalente a altura da queda. Neste ponto é necessário atenção para evitar um tropeço potencialmente desastroso. Mesmo assim não é preciso ser atleta para chegar ao ponto, e mesmo fora de forma é possível alcançar o local tão bonito.

A trilha é bem movimentada em dias de final de semana e feriado, e a constante passagem de pessoas a demarcou bem. Desta forma não é obrigatório o acompanhamento por um guia, porém se sentir mais seguro contrate um. Existem vários guias e operadoras turísticas na cidade de Lençóis.

Se for sem guia sempre é bom lembrar alguns detalhes. Nunca ande sozinho, tente sair do local antes de anoitecer e nunca mergulhe sem sondar antes a profundidade do local onde vai cair. Lembre também que o poço é muito fundo, então cuidado com quem não nada bem ao se aventurar em seu meio. Na caminhada é recomendável que se calce tênis ou semelhante para maior segurança.

O Poço do diabo fica a pouco mais de 30km do centro da cidade de Lençóis, e tem acesso pela BR 242.
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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Castelo Garcia D’Ávila

O Castelo Garcia D’Ávila, ou Casa da Torre, somente para citar os nomes mais comuns, é um importante marco de nossa história. O local já serviu como ponto de partida para a desbravamento do nordeste do Brasil, foi sede do maior latifúndio do mundo, atuou como ponto importante de comando militar e resistência as invasões de corsário e tropas holandesas, bem como contra ataques indígenas, alem de ser o local pioneiro na pecuária nacional.

O local, que é dito como única construção das Américas com características medievais tem muita história que passa por nomes, por exemplo, do Visconde do Pirajá. Sua construção iniciou-se em 1551, portanto uma das mais antigas edificações do Brasil.

Levantar a historia da Torre de Garcia D’Ávila é passar por todas as fases da história brasileira desde o descobrimento. Mas se história não é seu forte tratemos da visita ao local.

A primeira coisa que chama atenção é que o Castelo Garcia D’Ávila não tem aparência de castelo. Ao menos não como estamos acostumados a imaginar. Sua arquitetura, ou o que sobrou dela, pois se tratam de ruínas, lembra o de uma “casa grande”. Culpa dos mais de 100 anos de abandono antes de ser tombada e cuidada, e inúmeras reformas e ampliações que de adaptações em diferentes etapas históricas.

Das ruínas apenas a pequena capela foi totalmente restaurada e remobiliada. Da estrutura original restante permaneceram as imensas paredes de pedra. Estruturas metálicas permitem alcançar os níveis mais altos, o que possibilita imaginar como seria visão daquele nível quando havia o piso em madeira.

Nas paredes da capela, cuja superfície original esta razoavelmente preservada e foi exposta pelos trabalhos de restauração, é possível ver inscrições do século XVIII.

Na entrada Foi construído um centro de visitação, onde existem em exposição peças achadas pelas pesquisas arqueológicas, painéis com a historia do lugar e dos trabalhos de pesquisa, além de maquete, reconstituindo o que se acha fosse a aparência original do conjunto arquitetônico.
Alem das ruínas locais pode-se ver no entorno as áreas em pesquisa arqueológicas e arvores centenárias. Como o local é um pouco elevado e o restante da região é razoavelmente plano pode ver ao longe a praia do forte e a orla de um ângulo bem interessante.

À parte de toda a importância do Castelo Garcia D’Ávila, a estrutura e o centro de visitação mereciam ser mais bem cuidados. A capela já apresenta sinais de descuido, os painéis poderiam ser mais detalhados além de faltar uma visita guiada bem estruturada.

Ainda assim merece uma visita pelo que ainda existe e pela sua história. Aliás, o Castelo Garcia D’Ávila concorre para ser eleita uma das sete maravilhas do Brasil.

O Castelo Garcia D’Ávila esta localizada no município de Mata de São João, no mesmo acesso à Praia do Forte pela Linha Verde, a cerca de 65km ao norte de Salvador, na Bahia. No início de 2009 a entrada custava R$6,00 inteira. Mais informações em http://www.casadatorre.org.br/ e em http://www.fgd.org.br/.

Outras Fotos:






7 Maravilhas do Brasil

O quanto você conhece do seu país? Para quem não sabe esta em votação pela Internet a escolha de sete "maravilhas do Brasil", cujo processo de escolha iniciou em 2008 e só terá fim no dia 07 de Julho, prometendo anunciar uma maravilha por mês.

A despeito do que qualquer um possa pensar sobre eleições como estas, para uma coisa elas servem com certeza... abrir nossos olhos para o nosso Brasil. O site apresenta 50 candidatos, dentre os quais serão escolhidos os sete mais bem votados, todos estes lugares de grande beleza e relevância, e que certamente mereceriam uma visita.

Fazendo um "meia culpa", admito que só estive pessoalmente em 26 dos 50 lugares indicados, e mesmo assim creio estar acima da média nacional. Isso só me diz uma coisa... tenho de continuar viajando...

Você pode conhecer mais e votar aqui: www.7maravilhasbrasil.com.br/

Gastronomia Chilena

O Chile é conhecido também é um ótimo destino para experiências gastrômicas. Sempre achei que para conhecer verdadeiramente um lugar deve-se conhecer também a comida e bebida local. Faz parte da experiência e é gratificante.

Como toda grande megalópole, em Santiago, ou nos sofisticados resorts para esqui, se encontra praticamente de tudo em questão de gastronomia. Mas vamos tentar ressaltar o que faz do Chile o
que ele é.

O forte da gastronomia chilena são os frutos do mar. O país tem uma enorme costa, mas apenas no extremo sul uma pequena parte banhada pelo oceano atlântico. O restante da costa chilena é tomada pelo oceano pacífico. Com isso os peixes e crustáceos são bem diferentes dos que estamos acostumados consumir regularmente no Brasil.

Aliada a esta variedade os chilenos realmente sabem preparar pratos magníficos. O porém é que comida no Chile não é tão barata. Mas o que se gasta a mais no prato economiza-se no vinho. Então o preço total de um bom jantar no Chile é comparável ao brasileiro, se seguirmos o mesmo padrão de qualidade.

Para normal espanto dos brasileiros, em geral o salmão é prato mais barato e mais comum do cardápio. Tão abundante quanto, mas com preços um pouco mais salgados, encontra-se a truta. Mas a variedade é grande.

Afora os peixes os camarões, lagostas e caranguejos também estão sempre presentes. Mas uma dos pratos que não se deve deixar de experimentar são os mexilhões chilenos, completamente diferentes dos brasileiros.

Mas nem só de frutos do mar vivem os chilenos. Embora carnes vermelhas não sejam sua especialidade, uma delas se destaca, que é a carne de cordeiro, podendo ser preparada da forma tradicional, ou em uma variedade de outras formas, como no excelente cordeiro cozido ao molho de vinho.

Partindo para algumas peculiaridades da comida chilena, é muito comum ver referência nos menus dos restaurantes, seja qual for a especialidade, um ingrediente denominado “Palta”. A Palta, nada mais é que um creme de abacate, levemente adocicado, que os chilenos adoram. E parece que a Palta é onipresente, fazendo parte desde sanduíches a pratos sofisticados. O sabor pode não agrada a todos, mas vale à pena provar, e não fazê-lo seria como conhecer salvador e se recusar a comer acarajé, com a vantagem desta ser muito menos propensa a causar indisposições.

Já tratando de fast food, a comida chilena não é muito diferente de qualquer outra, a não ser por uma suposta influência germânica. É comum encontrar pratos contendo chucrutes e uma variedade de salsichas.

domingo, 3 de maio de 2009

Duty Free - O Básico

A maravilha das lojas sem imposto. As lojas duty Free estão no salão de embarque e desembarque dos vôos internacionais, e são lojas que vendem produtos importados sem impostos, a preços semelhantes aos que são vendidos nos países de origem.

Bebidas, Relógios, produtos eletrônicos e Perfumes são os mais procurados. Mas lá se encontra de tudo, de grandes sessões de roupas, óculos e acessórios de griffe, chocolates e tudo mais que se possa imaginar. Porem algumas observações são importantes.

As lojas Duty Free trabalham sempre em Dólar, o que significa que, embora alguns artigos ainda sejam bem mais barato, não é mais tão vantajoso quanto em tempos pre-crise.

As lojas Duty Free não pagam impostos de importações, mas ainda assim são lojas legalizadas, e em locais de cara manutenção, que são os aeroportos. Isso significa que mesmo assim não conseguem competir com produtos vendidos ilegalmente no país. Então aquele MP4 tão desejado ainda vai custar mais que na Uruguaiana ou na Rua 25 de Março. Não se espante com isso.

Também não se deve menosprezar a capacidade de negociação de grandes redes lojistas. Enquanto aquele uísque Johnnie Walker Gold Label 15 anos, é muito mais barato no Duty Free, o Red Label da mesma marca, importado aos milhares por redes de supermercados, pode ser mais caro.

Outra lembrança importante: As lojas Duty Free cada país são operadas por empresas diferentes. Significa que um Duty Free no Brasil não tem os mesmos preços do Duty Free da Argentina, que por sua vez é diferente do Chile. Vale comparar e pesquisar.

Catedral Metropolitana de Santiago

Localizada na Plaza de Armas, a Catedral Metropolitana de Santiago é ponto de visita obrigatório ao se visitar Santiago, capital do Chile. Sede da arquidiocese de Santiago do Chile a catedral atual teve sua construção iniciada em 1748, no mesmo local de outros templos que o antecederam.

O templo é enorme, com três naves. A principal, aparentemente com mais de 110m de comprimento, e duas belas naves laterais, a esquerda e a direita. A nave central possui um altar enorme, em granito, púlpitos do século XIX, bem como um órgão de tubos do século XVIII, o qual por vezes é possível ouvir sendo tocado, e cuja melodia da um ar especial a visita.

Abaixo da nave principal há uma cripta que abriga os restos mortais dos arcebispos de Santiago e criptas civis de don Diego Portales e José Tomás Ovalle, figuras importantes da história do Chile, sendo que ambos viveram entre os século XVIII e XIX.

A arquitetura belíssima se estende pelas naves laterais, com lindos altares e também os sepulcros de outras figuras importantes da história chilena. Somando tudo isto ao belo acervo interno de mobiliário original, imagens, vitrais e afrescos, é um ponto imperdível para se conhecer e apreciar a cidade de Santiago.

sábado, 2 de maio de 2009

Museu Aeroespacial do RJ

Dentre os muitos museus e espaços de visitação do Rio de Janeiro, talvez um dos menos conhecidos seja o Museu Aeroespacial. Há um bom motivo para isto... Localizado no Campo dos Afonsos, bairro que fica após Jacarepaguá, é um tanto distante da rota normal da maioria dos turistas que visitam a cidade. Mesmo dentre os cariocas poucas pessoas conhecem pessoalmente o local.

Mas ao decidir atravessar a cidade, o museu oferece uma gratificante recompensa, em especial para aqueles apaixonados por aviação. A principal atração, sem dúvida, são as dezenas de aeronaves em exposição. É possível encontrar aviões de todos os porte, desde ultra-leves e caças antigos a aeronaves grades como o Eléctra, que até anos atrás fazia a ponte aérea entre Rio e São Paulo bem como bombardeiros. O acervo tem aeronaves civis e militares, e também helicópteros de vários tipos.

Afora as aeronaves em si o museu possui salas de exposições com a historia da FAB e da aviação civil brasileira, exposições de motores, no qual os mais entusiastas da mecânica podem se deliciar, e exposição de armas que equipam os aviões de combate.

Em outros espaços é possível visualizar como funciona o controle de tráfego aéreo, conhecer simuladores de vôo antigos, acompanha a criação da EMBRAER e aprender como a empresa desenvolveu alguns projetos, como o Bandeirantes. Também a espaços dedicados a personalidades como Anesia Pinheiro, e claro, Santos Dumont. E por falar em Santos Dumont outra atração são as réplicas do 14 Bis e do Demoiselle.

Certamente as melhores oportunidades de visita são quando da ocorrência de eventos, que por vezes acontece no complexo, como semana da asa, feiras, concursos de aeromodelismo, e apresentações da força aérea, quando são expostos aeronaves atuais e apresentações da esquadrilha da fumaça. No site do museu é possível acompanhar o calendário de eventos.

O centro funciona de terça a sexta das 9:00h as 15:00 e sábados, domingos e feriados das 9:30h as 16:00h, e esta localizado na Av. Marechal Fontenelle, no Campos dos Afonsos, Rio de Janeiro. Maiores informações http://www.musal.aer.mil.br/.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Escolhendo um Vinho


Continuando os artigos sobre basico dos vinhos aqui apresentamos algumas dicas para auxiliar na escolha, com enfase nos vinhos sulamericanos.

Geralmente classificam-se os vinhos como sendo do velho mundo ou do novo mundo. Vinhos do velho mundo são os de produtores europeus, que tornaram clássica a arte da vinificação. Os vinhos produzidos nos continentes americano, africano ou da Austrália são considerados vinhos do novo mundo.

Vinhos do velho mundo, como franceses ou italianos, por exemplo, são denominados pela região de origem. Assim se espera que você saiba exatamente do que se trata ao ler no rótulo inscrições como Bourdeax ou Valpolicella, que são regiões da França e Itália respectivamente, e pouco mais pista é dada no rótulo. Escolhe-se pela origem e pelo fabricante, e ou se conhece o que se esta pedindo ou que a sorte o acompanhe.

Por outro lado, para escolher uma garrafa contamos com uma facilidade para os vinhos argentinos e chilenos, que seguem o padrão de rótulo do novo mundo. As informações mais importantes que você vai achar no rótulo são o nome do fabricante, o tipo de uva e o padrão, além do teor alcoólico e o nome do vinho, quando houver. Assim, mesmo sem ter provado pode-se ter uma idéia do que esperar.

As marcas são assunto para mais adiante, quando tratarmos dos vinhos de cada país especificamente. Também o ano da safra não é fácil de interpretar, a não ser que se faça pesquisa prévia para saber quais as melhores safras, o que foge do escopo do conhecimento básico.
Vinho antigo não é sinônimo de vinho de qualidade, então não compre um vinho apenas por ter alguns anos a mais que outro. Isso se dá porque o processo de envelhecimento se dá dentro de barris, embora o vinho ainda possa amadurecer dentro da garrafa. Então as vezes é mais importante o tempo de envelhecimento dentro dos barris que a idade da garrafa.

O teor alcoólico dos vinhos sul-americanos é em geral alto, entre 12,5% e 14,5%. O teor alcoólico por si não é indicativo de muita coisa, mas nos vinhos sul-americanos de melhor qualidade, no geral, tem os teores mais altos, pois converteram mais açúcar durante a fermentação.
Como regra geral os vinhos de melhor qualidade apresentam 13% ou mais no teor alcoólico. Em geral os vinhos mais fracos têm teor alcoólico mais baixo, de 12,0% para baixo, o que já é uma dica para saber a qualidade do vinho. Mas isso é uma regra geral, e há exceções. No Brasil é possível encontrar vinhos nacionais com 9% ou até menos, mas no Chile e Argentina isso é quase impossível.

Outra informação importante é o “padrão” do vinho. Pode-se encontrar inscrições como “Reservado”, “Reserva”, “Gran Reserva”, entre outras. Os vinhos que tem a inscrição “Reserva” são de melhor qualidade, e significa que o vinho foi envelhecido em barris. As variações sobre esse tema como “Gran Reserva” ou “Reserva Especial” ou outra qualquer, em geral servem para a diferenciação de qualidade entre vinhos de uma mesma vinícola. Então para uma mesma marca o “Gran Reserva” tem um padrão superior ao “Reserva”.

Os que têm a inscrição “Reservado” indicam um determinado padrão de qualidade e seleção. Um vinho “Reservado” tem melhor teor de qualidade que um que não tenha essa inscrição, porém são inferiores aos “Reservas”. As denominações são parecidas, e podem confundir os menos atentos, mas a diferença pratica é grande. Prefira sempre os “Reserva” aos “Reservados”. Uma dica é que o fundo das garrafas “Reserva” é côncava, enquanto o fundo das garrafas “Reservado” é quase plano.

Por ultimo o tipo de uva. Os vinhos chilenos e argentinos em sua maciça maioria são vinhos “varietais”, o que significa que são quase que totalmente feitos de uma única uva. Legalmente um vinho varietal tem no mínimo 75% de um único tipo de uva.

Vinhos que mostram mais de um tipo de uva no rótulo são conhecidos como “vinhos de corte”. São poucos os vinhos de corte chilenos e argentinos, mas eles surpreendem com uma qualidade muito boa. Se deparar com um deles não deixe de provar.

As uvas mais comuns destes dois países para os vinhos tintos são cabernet-sauvignon, merlot, pinot-noir, malbec, syrah e carmenére (esta ultima exclusiva do Chile). Para os vinhos brancos temos as chardonnay, riesling e sauvingnon-blanc.

Cada uva dá um sabor característico ao vinho, com isso se você sabe o gosto que tem uma determinada uva pode ter uma idéia do que esperar. Por exemplo, a cabernet-sauvignon tem um sabor mais forte, mais seco (na verdade tem mais taninos), enquanto o marbec é mais suave e redondo, e merlot tende a ficar entre os dois. Mas apenas ao provar um tipo pode se ter uma idéia do que cada um representa.

Solar do Unhão e o MAM da bahia

Tudo bem... Quando se fala em museu de arte moderna muita gente torce o nariz. Associar as obras de arte em exposição a figuras desenhadas pelo sobrinho de 6 anos de idade faz com que muitos evitem, ou façam passeios relâmpagos por estes lugares.
É bem verdade que em muitos casos a principal atração é o museu em si e não as exposições que nele estão, ao menos para parte do público. Mas ainda assim o Museu de Arte Moderna da Bahia vale realmente uma visita.

Não fugindo a regra, o museu em si já é uma das grandes atrações. Porém o MAM da Bahia tem um diferencial... No lugar de estruturas modernistas criadas por consagrados arquitetos com Oscar Niemeyer, comuns a museus como os MAM de Niterói ou Curitiba, obras primas de arquitetura, o MAM da Bahia se localiza no Solar do Unhão, conjunto arquitetônico do século XVII.

Com sua arquitetura típica da época, o casarão, com entrada em azulejos portugueses e a pequena capela, consagrada a Nossa Senhora da Conceição é um belo local de visita. Além de servir de residência, o conjunto abrigou em séculos passados fábricas dos quais se podem ver ainda trilhos de transporte no piso original, e depósitos de combustíveis, e até sede dos fuzileiros navais durante a segunda grande guerra, até ser tombado no inicio da década de 40 do século passado, e posteriormente se transforma em museu.

O conjunto, que também abriga o cinema de arte de Salvador, promove eventos culturais aos sábados, cujas atrações podem mudar de tempos em tempos, mas atualmente ocorrem apresentações de Jazz em seu pátio sempre as tardes a partir das 19h com preços populares (R$4,00 inteira e R$2,00 meia).

Sem contar que o conjunto é também é sede de escola de arte e abriga freqüentes debates sobre arte.

O Parque de esculturas, com belos jardins e obras expostas ao ar livre promovem momentos sublimes. Do ponto é possível acesso a uma pequena praia fechada, e uma vista da ilha de Itaparica, do outro lado da Baia de Todos os Santos. Alias assistir o por do sol do Solar do Unhão é uma experiência que atrai um bom numero visitantes, em especial casais.

Existe também um pequeno , porem charmoso, bar e café, no qual é possível curtir bons momentos, e que parte das mesas se localizam em um píer de madeira sobre as águas da baia. De lá a vista também é muito bela, e pode servir como excelente fim de do passeio.
Se tudo isso já atiçou a vontade de conhecer o lugar, lembre que também o museu em si apresenta exposições de arte de artistas locais, nacionais e por vezes estrangeiros, com esculturas, pinturas, gravuras e vídeos que mudam de freqüentemente, e são um convite para horas de relax, reflexão e apreciação.

As exposições são sempre primorosamente organizadas, e as obras são expostas no interior do casarão principal, que tem dois pavimentos, e cuja escada já é uma obra de arte, e é climatizado, além da área da capela (que não funciona mais como templo) e do piso inferior ao casarão.

O Museu fica aberto de terça a domingo das 13h as 19h, sendo que aos sábados até as 21h. A entrada é franca, tanto para o museu quanto para a área de visitação externa. Mais detalhes em http://www.mam.ba.gov.br/ ou em http://mamboxx.blogspot.com/.