O museu tem foco no estudo antropológico da região e faz parte da Fundação Joaquim Nabuco e foi fundado em 1979. A agradável visita inicia-se pelos jardins externos. Lá se podem ver meios de transporte que foram largamente usados no passado de Pernambuco como uma carruagem, uma jangada, um bondinho e um trem a vapor, este infelizmente não tão bem cuidado quanto poderia.
Se do lado de fora os equipamentos deixaram uma ponta de decepção quanto a conservação a impressão muda rapidamente ao entrar no museu. O ambiente, reformado recentemente, é de uma organização exemplar.
Logo ao entrar o visitante é saudado por um vídeo sendo projetado continuamente. Vale a pena passar ao menos alguns minutos contemplando, e ali se poderá ver diversas manifestações populares, como o carnaval em Olinda ou festividades do interior. Logo após encontram-se replicas de mapas históricos da região.
A primeira etapa é dedica a historia mais recente da região metropolitana. Fotos dos primeiros cinemas da região, câmeras fotográficas de várias décadas atrás, telefones com manivelas e outros objetos do cotidiano. Em seguida salas com diferentes temas surgem.
A primeira, e menor, é dedicada às tribos indígenas, com vários utensílios fabricados por eles. Seguindo-se passamos por um portal, ladeado um lado por um elegante objeto dos senhores de engenho em ouro, em contraste com o lado oposto, que ostenta um grilhão. É que neste ponto estamos entrando na historia dos senhores de engenho, onde escravidão e maus tratos conviviam com a boa vida de riquezas dos barões.
A terceira parte é dedicada às manifestações religiosas. Inicia-se pela cultura trazida pelos escravos, com o candomblé, onde se podem ver as indumentárias utilizadas, bem como representações dos orixás. E segue-se para o cristianismo, com seus costumes, onde se encontram representações dos ex-votos, terços e belas imagens. O trecho final é dedicado à Missa do Vaqueiro.
O museu é extremamente limpo e bem cuidado. Cada ala possui som ambiente que combina com o tema que se vê, como por exemplo, cantos indígenas ou ladainhas. Embora pequeno, representa bem vários aspectos da antropologia e é um bom lugar para conhecer a historia desta parte do país, e aprender a respeitar as diferenças.
O museu abre de terça a sexta das 8:30h as 17h e sábados e domingos das 13h as 17h. O ingresso custa R$4,00 inteira ou R$2,00 meia, exceto no terceiro domingo de cada mês, quando é gratuito. O endereço é Avenida 17 de Agosto, 2187, Recife – PE. Mais informações em http://www.fundaj.gov.br/docs/indoc/muhne-p.html.
Nenhum comentário:
Postar um comentário